Acordei e senti uma pontada de medo. Levantei mesmo assim, me forcei a pisar com o pé direito. Bobagem. Sentia dor. O dia parecia sinônimo de sacrifício, cansaço e impaciência. Mais uma vez. Mas desta vez era tudo incrivelmente forte, mexia com as pessoas ao meu redor, não somente comigo. Não era um dia comum, havia algo a ser festejado. Alguns sorrisos foram dados, quase esqueci da "macabricidade" daquele dia. E num segundo de distração, vozes me incitavam a reviver algo triste, talvez não seja esse o adjetivo que caiba melhor a tudo isso, talvez seja. As vozes não queriam, eu não queria. Na verdade só queria que elas também pudessem me ouvir e não somente eu a elas. Gostaria muitíssimo de ter derramado algumas lágrimas naquele momento, não poderia. Apenas tentei ser normal, mas alguns passos me fizeram ouvir um choro de criança. Desesperei-me. Lastimei. Havia em mim uma incontrolável vontade de acalentá-la. Não poderia. Era apenas uma voz. Não, eu amava aquela voz, e mais que isso, sofria por ela. Enquanto isso, do outro lado, o silêncio era assustador. Senti medo pela "trocentésima" vez em menos de vinte e quatro horas. Tentei mostrar o quanto precisava dela. Mas não daquela forma. Disse a voz que a amava. Parecia surreal. Um pesadelo. Cheguei ao meu quarto com a sensação de que ele, foi o único que, naquele dia, alcançou a paz em mim. Antes de atingir a inconsciência, pressenti que mais do que nunca o futuro é a esperança de um presente que tem como culpado o passado.
Acordei e senti uma pontada de medo. Levantei mesmo assim. Qualquer pé estava de bom tamanho.
ha! gostei! principalmente do erro do português por causa da perturbação do seu acordar.
ResponderExcluiradorei!
Que erro? o.o
ResponderExcluirNão achei o erro, mas enfim... amei o seu texto. Beijos, amiga s2
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